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Operação de novembro de 2011 apreende
armas e pedras de crack (Jadson Marques) |
Em janeiro deste ano deste ano, o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes assinaram um acordo de adesão ao “plano integrado de enfrentamento ao crack” lançado pelo governo federal.
O plano tem o objetivo de aumentar a oferta de tratamentos de saúdes e cuidados aos usuários da droga, combate ao tráfico e as organizações criminosas e ampliação das atividades de prevenção.
Mas na realidade do dia a dia dos cariocas, não é o que vemos, as ações são simplesmente para retirada dos pontos de uso de drogas, que logo após as ações voltam a existir. Não há locais suficientes para abrigo e tratamento dos usuários que são recolhidos na rua.
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Papelotes de crack com a foto de jogador
Ronaldinho Gaucho (UOL Notícias) |
O programa de recolhimento de viciados da prefeitura, que está a um ano em funcionamento, já fez 3.671 acolhimentos nas 77 operações realizadas (mais imagens), desde março do ano passado. Desse total, 552 são menores. Atualmente, há 119 menores abrigados compulsoriamente. A secretaria oferece quatro Centros Especializados de Atendimento à Dependência Química, que contam com 194 vagas para menores.
Atualmente apenas os menores são internados compulsoriamente. Os maiores são convidados a ir ao um centro de acolhimento e só fazem o tratamento de desintoxicação de forma espontânea. Muitos aceitam a ir aos centros, onde recebem alimentação, tomam banho, mas, quando chega à crise de abstinência, voltam às ruas.
Especialistas contestam não a internação compulsória, mas sim o que é feito após essas internações. Os usuários precisam de acompanhamento e todo o tipo de ajuda após a internação, o que não ocorre.
No Rio, a prefeitura reconhece nas áreas do Jacarezinho, Manguinhos e Morro do Cajueiro (Madureira), as maiores áreas de consumo de crack, as conhecidas “cracolândias”, mas a verdade é que a cidade está repleta desses pontos. O crack é uma praga que se espalha rapidamente, principalmente, nos grandes centros urbanos. Seu baixo custo em comparação as outras drogas faz com que seu consumo seja aderido mais rapidamente.
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O grupo de usuários se mistura ao lixo no Jacarezinho Pablo Jacob / O Globo
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No Rio que ninguém quer ver, principalmente nossos governantes, o crack se espalha como “rastilho de pólvora”, rápido e destruidor. Ações eficientes e eficazes precisam ser tomadas imediatamente, não dá mais para fechar os olhos e dizer que não viu.